A trapaceira mesmice que, ao longo do tempo, se instala nos casamentos é desafiadora. O cotidiano nos açoita com coisas a resolver, tarefas a cumprir e muita rotina. De repente o encontro para o almoço ou aquela saidinha passa a ser um momento de coisas práticas. E ai? O que fazer?
É preciso atenção a isto e fazer uma força a favor do namoro, do estimulo afetivo, da resposta amorosa.
Não dá tempo? Então revise no que você anda investindo seu tempo. O pior é, mais tarde, ter que assumir as dividas do erro de cálculo.
Quando os casais me perguntam qual a forma de escapar disto. Eu digo: vocês sabem.
A gente adora se sentir cuidado e cuida o que ama. Façam isso. Cada um do seu jeito, e um pouquinho do jeito que você sabe que o outro gosta. A presença verdadeira normalmente é lida como amor e é tudo de bom!
As diferenças. Usem estas a favor do casal e para trazer o diferente, sempre se tem o que acrescentar. Não menospreze o diferente, valorize. Numa relação, existe uma porção de coisas que um faz com mais destreza que o outro e vice-versa. Sabe por quê? Porque as pessoas diferentes tem diferentes habilidades, qualidades, inspirações, ritmos, tempos... E ainda bem! Alem do mais, sem diferença tudo fica muito sem tempero. E ai sim que a mesmice toma conta.
E, especialmente, aceite. Com o tempo a aceitação e a tolerância tendem a diminuir. Isto, normalmente, é reflexo da falta de cuidado e do manejo das diferenças. Revise, flexibilize, combine formas! A aceitação é uma benção, pois quem é perfeito mesmo? Quem não tem as suas dificuldades? Não há nada pior do que imaginar “um olho crítico sobre o que eu não faço tão bem e como faço”.
Abram os olhos, é assustador encarar todas as mudanças que, com o tempo, ocorrem com agente e com o companheiro. Não tem o que fazer, as pessoas mudam e que bom! “Para subir e descer a montanha da vida é preciso mudar”. Coragem! Mude a relação também, se modifique, nem sempre se precisa mudar a pessoa.