Se você é destes que precisa de desculpa para se divertir ok, eu dou uma ajuda. Nada como uma escapadinha pra quebrar o “todo dia sempre igual”. Nossa, a cidade está borbulhando cultura, do Em Cena a Bienal tem muita coisa boa... Vai ai a minha dica – de quem olha para as coisas do humano, mas porque não?
Histórias de Amor Líquido, com texto de Walter Daguerre, direção de Paulo José e um trabalho de ator divino. Esta é para hoje e amanha, mas tem muito mais. http://www.poaemcena.com.br/
Inspirada na leitura da obra “Amor Líquido – sobre a fragilidade dos laços humanos”, do sociólogo alemão Zygmund Baumann. O tema recorrente no livro são os vínculos sociais possíveis no mundo atual, neste tempo que se convencionou denominar de pós-modernidade, com uma radiografia aguda das agruras sofridas pelos homens e mulheres que têm de estabelecer suas parcerias no mundo globalizado. O que permanece do livro na encenação é, em primeiro lugar, a exploração de um conceito: a idéia de líquido, de liquefação. Para Baumann, o mundo globalizado é marcado por relações que se estabelecem com extraordinária fluidez, que se movem e escorrem sem muitos obstáculos, marcadas pela ausência de peso, em constante e frenético movimento. A peça apresenta três histórias originais de ficção, “Rua Sem Saída”, “A Corretora” e “A Casa da Ponte”, que possuem ao todo 13 personagens, mas foram escritas por Walter Daguerre para serem encenadas por apenas cinco atores. Essas histórias são mostradas com outra característica importante: estão fragmentadas ao longo do texto, uma se misturando com a outra, obrigando os atores – que dobram papeis, a passarem de um personagem com extrema rapidez e desenvoltura, formando um panorama contemporâneo sobre os relacionamentos amorosos dos quais fazemos parte hoje em dia.
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